Quanto oferecer de vale refeição e outros benefícios a funcionários?

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O pacote de benefícios oferecidos por empresas a funcionários se tornou uma ferramenta essencial para a atração e retenção de talentos em uma empresa. O trabalhador que recebe benefícios tende não apenas a trabalhar mais satisfeito e a produzir mais, mas também pensa duas vezes antes de deixar a empresa por outra oportunidade. Mas quanto seria o valor ideal para oferecer de vale refeição e outros benefícios para seus funcionários, mantendo a sua empresa atrativa para eles?

Quanto oferecer de Vale Refeição e Vale Alimentação?

Ao pagar pela alimentação de seus funcionários, seja oferecendo estrutura de restaurante ou o vale refeição, a empresa está, em última análise, beneficiando a própria produtividade. Possibilitar a alimentação de qualidade diária também proporciona melhor saúde, disposição, satisfação dos funcionários e ajuda a reduzir ausências. Então, o valor ideal para os vales refeição e alimentação devem cobrir as despesas básicas dos funcionários com restaurantes em dia de trabalho e com o supermercado. Separamos aqui alguns pontos para se calcular o valor desses benefícios.

Restaurantes próximos são boa referência para o valor do vale refeição

O vale refeição é calculado em cima do valor diário de uma refeição em um restaurante, multiplicado pelo número de dias que o funcionário trabalha em um mês específico. O ideal é que o benefício cubra uma refeição por dia, evitando que o funcionário tenha que gastar do próprio bolso no final do mês. Assim, para se chegar ao valor do quanto se deve oferecer de vale refeição, o primeiro passo é entender o preço médio dos restaurantes na área onde a empresa se localiza. Um bom parâmetro para esse cálculo são os pratos feitos ou executivos, que têm preço fixo para uma refeição completa. Em uma grande cidade, por exemplo, o preço médio de um prato feito fica entre R$ 23 e R$ 27, dependendo da cidade e do bairro. Outra referência que pode servir de base para esse valor é a pesquisa feita pela Assert (Associação de Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador), que calculou os preços da alimentação em cada região. Segundo esses dados, a média nacional de uma refeição é R$ 30,48. Esse parâmetro inicial, porém, varia de acordo com a cidade e a região em que a empresa se localiza. Também é interessante descobrir o quanto outras empresas da mesma indústria estão pagando de benefício aos próprios funcionários, principalmente dentro de uma mesma região geográfica. Assim, você garante que a sua empresa está se mantendo competitiva na retenção de talentos.

Vale alimentação é o substituto de uma “cesta básica”

Como esse benefício é utilizado para compras em supermercados, o parâmetro mais próximo para calcular o valor do vale alimentação é estabelecer uma cesta básica de produtos, e a partir dela calcular qual seria a quantia mensal suficiente para que os funcionários façam as compras do mês. Algumas empresas oferecem efetivamente uma cesta básica, com produtos de supermercado que seriam consumidos dentro de um mês. A alternativa preferida da maioria das empresas, no entanto, é o cartão pré-pago com um valor pré-estipulado. As vantagens são a facilidade operacional – o cartão é simplesmente recarregado todos os meses – e dar ao funcionário a liberdade de gastar o vale segundo as próprias preferências. O valor depositado em cartão é, frequentemente, maior do que aquele gasto com os produtos em si. Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada em 2014 pela consultoria Carreira Muller, que ouviu 408 empresas em todo o país. A pesquisa estimou que as empresas pagavam, em média, R$176,85 por mês no vale alimentação para os funcionários. Os valores variavam por companhia e por região: enquanto no Norte a média foi de R$ 194,29, no Centro Oeste, trabalhadores recebiam cerca de R$ 122,78 mensais em cartão alimentação.

Atenção às regras do PAT para garantir incentivos fiscais

O PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador, no Ministério do Trabalho, surgiu para incentivar que empresas garantam a alimentação como um benefício para seus funcionários. Ao se inscrever no programa, a parcela do valor dos benefícios concedidos aos trabalhadores paga pelo empregador é isenta de encargos sociais (FGTS), além de permitir deduzir parte das despesas do imposto de renda – um desconto de até 4%. Quando o benefício de refeição é concedido dentro do âmbito do PAT, ele não é considerado direito adquirido do trabalhador. Na prática, isso significa que o valor não pode ser considerado como parte do salário. Quase todos os tipos de empresas pode se inscrever no PAT. No entanto, para garantir os benefícios do programa, é preciso seguir algumas regras, entre elas:

  • Todos os funcionários devem receber exatamente o mesmo valor do auxílio, independente de seus cargos;
  • O benefício não pode ser oferecido em dinheiro, apenas como refeições que sigam as regras do PAT ou tickets e cartões;
  • O benefício não pode ser retirado, mesmo que temporariamente, como forma de punição.

Para aderir ao PAT à empresa deve fazer a inscrição através do site do MTE, clicar no ícone “PAT on-line Cadastro” e preencher o formulário de adesão.

Benefícios extras ajudam a criar valor para os funcionários

O vale refeição, vale alimentação e seguro saúde são os benefícios mais comuns que as empresas oferecem a seus funcionários. Mas benefícios extras, como combustível e vale cultura, podem ser um atrativo a mais, uma prova de que a sua empresa valoriza os profissionais. Isso ajuda a reduzir a rotatividade de funcionários a até os incentiva a se desenvolver. Para entender quais benefícios são os mais adequados para a sua empresa, é preciso analisar o perfil da sua equipe, suas atividades e o que outras empresas estão oferecendo. O RH da sua empresa terá uma boa percepção disso. Saiba estimar quanto oferecer de benefícios para os funcionários:

Vale combustível como uma alternativa ao vale transporte

Para funcionários que utilizam veículos particulares, oferecer o vale combustível como uma alternativa ao vale transporte pode ser bastante atrativo, embora muitas empresas restrinjam o benefício ao transporte público. Legalmente, esse benefício, assim como o vale-transporte tradicional, não incorpora salários e é usado como base de cálculos para contribuição com a previdência ou FGTS. Para ter essa validade, deve ser pago separadamente, não em dinheiro. Muitas empresas utilizam cartões pré-pagos para essa finalidade. O valor a ser oferecido deve ser suficiente para quitar todas as despesas de transporte do trabalhador. Assim, deve ser levado em conta o valor do combustível e a distância diária percorrida por causa do trabalho. No caso de profissionais que efetivamente usam o carro para trabalhar – pessoas de vendas, por exemplo – esses percursos devem ser levados em conta.

Vale cultura incentiva o aprimoramento dos funcionários

O vale cultura é um benefício extra e que pode ser mais do que um atrativo para reter talentos, mas também um incentivo real para que os funcionários busquem a leitura e participem mais de eventos culturais. Assim, ganha o funcionário e a empresa, já que uma pessoa que consome cultura tende a se desenvolver mais. Um vale cultura é um cartão magnético pré-pago, semelhante a um vale refeição, que pode ser utilizado para adquirir livros, jornais, revistas, além de ingressos para cinema, shows, teatro e outros eventos. A vantagem é que o custo mensal pode ser baixo. Ao lançar o programa, o Governo sugeriu o valor de R$ 50 por mês por trabalhador que ganha até 5 salários mínimos, com possibilidade de dedução no imposto de renda da empresa que oferecer o benefício.

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